Mestre Hakuin


  

Hakuin Zenji, Auto Retrato

"No reino dos mil Budas
Ela é odiada pelos mil Budas;

Entre as hordas de demônios
Ela é detestada por todos os demônios.

Ela esmaga os hereges da iluminação silenciosa de hoje em dia,
E massacra os heterodoxos e cegos monges desta geração.

Esta lâmina de barbear imunda, velha e cega
Acrescenta mais tolice ainda à tolice já existente..."

(Hakuin Zenji)

Hakuin Ekaku (白隠 慧鶴) é freqüentemente considerado o pai do Rinzai Zen moderno, porque ele reformou a Escola Rinzai que vinha se deteriorando gradualmente desde o século XIV. Ele estudou com vários professores, mas considera-se Shoju Rojin como sendo seu mestre do dharma.

Em seu tempo a escola de Rinzai era famosa por suas perseguições intelectuais; ele enfatizou a importância do zazen e sistematizou o treinamento de koan. Ele criou um dos Koans mais famosos do Zen – "qual é o som de uma mão batendo palmas". Ele foi também um artista prodigioso, tanto em caligrafia e escultura, como também em pintura (vários de seus auto-retratos ainda existem).

Ele também enfatizou a importância do trabalho como parte da “prática em ação”.

Ele foi considerado em seu tempo o maior mestre de Zen de sua idade e sua herança é determinada pela continuação de sua linhagem Zen e as duas linhagens principais do Rinzai existentes são derivadas de Hakuin, a Inzan Ien e a Takujo Kosen.

Hakuin nasceu em 1686 na pequena vila de Hara, no pé do Monte Fuji. Sua mãe era um budista devota da escola Nichiren, e é provável que isso tenha influenciado sua decisão de se tornar um monge budista.

Aos quinze anos de idade, obteve o consentimento de seus pais para seguir a vida monástica no Templo local chamado Shoin-ji, mas ele foi enviado ao Templo Daisho-ji, onde permaneceu como um noviço por três ou quatro anos.

Como muitas pessoas que praticam o Zen, Hakuin era impelido por uma grande angustia. Esta angustia o afligiu desde cedo em sua vida. Ele contava sobre uma ocasião em que ficou apavorado com água quente da banheira. Sua mãe não compreendia o seu terror, e ele gritava: "Mãe, você não compreende. Eu não posso sequer entrar na banheira sem tremer os joelhos e sem que meu sangue congele. Pense apenas no que será quando eu tiver que enfrentar os fogos do inferno sozinho. O que eu vou fazer? Não há saída? Eu tenho que sentar e esperar calmamente até que a morte chegue?".

Esta imensa angústia que Hakuin sentia, foi ocasionada pelas histórias que ele ouvia quando criança dos monges Nichiren que visitava junto de sua mãe.

Aos dezenove anos, começou a estudar a história do monge Zen-budismo chinês chamado mestre Ganto, que tinha sido assassinado brutalmente por bandidos. Hakuin ficou desapontado com a história, porque mostrou que mesmo um grande monge não poderia ser poupado de uma morte sangrenta nesta vida. Ele disse: "Ganto era um em um milhão, verdadeiramente um dos dragões de sua época - Se Ganto pode ser assaltado e morto por bandidos, como poderia um monge comum, como eu, ter esperança de evitar cair nos três caminhos do mal depois da morte?".

Durante anos ele insistiu na meditação sobre o enigma da morte de Ganto. Um dia ele alcançou um profundo despertar e gritou: " Eu sou Ganto!".

Uma história famosa demonstra que ele estava realmente curado de sua terrível ansiedade.

Quem é você?" perguntou Hakuin.

"Eu sou um samurai!" o guerreiro exclamou.

"Você, um guerreiro!" riu-se Hakuin. "Que espécie de governante teria tal guarda? Sua aparência é a de um mendigo!".

Nobushige ficou tão raivoso que começou a desembainhar sua espada, mas Hakuin continuou:

"Então você tem uma espada! Sua arma provavelmente está tão cega que não cortará minha cabeça..."

O samurai retirou a espada num gesto rápido e avançou pronto para matar, gritando de ódio. Neste momento Hakuin gritou:

"Acabaram de se abrir os Portais do Inferno!"

Ao ouvir estas palavras, e percebendo a sabedoria do mestre, o samurai embainhou sua espada e fez-lhe uma profunda reverência.

"Acabaram de se abrir os Portais do Paraíso," disse suavemente Hakuin.

Aos 22 anos, enquanto assistia uma palestrasobre os dizeres e escritos de um mestre Zen, Hakuin chegou ao despertar. Mais tarde enquanto lia, ele teve um despertar mais profundo. Em vez de lhe fazer abandonar a prática, este despertar impeliu-o a praticar mais intensamente. Ele se concentrava noite e dia no koan Mu sem descansar por um momento sequer. Todavia não conseguia obter um despertar mais profundo.

Ele continuou praticando ativamente por mais dois anos: "Noite e dia não dormia, esqueci o que era comer ou descansar. Subitamente uma grande dúvida manifestou-se em mim. Era como se eu estivesse congelado no meio de uma cobertura de gelo que se estendia por milhares de quilômetros. Uma pureza encheu o meu peito, e eu não conseguia seguir adiante nem recuar. embora eu estivesse sentado no salão de conferências e estivesse ouvindo a palestra do Mestre, era como se estivesse ouvindo uma discussão que acontecia longe, do lado de fora do salão. Às vezes parecia que eu estava flutuando no ar".

Ele permaneceu nesta condição por vários dias, e então: "Eu consegui ouvir o som do sino do templo e de repente fui transformado. Era como se o gelo tivesse sido esmagado ou se uma torre de jade tivesse caído com um estrondo". Todas as suas antigas dúvidas "sumiram como se o gelo tivesse derretido. Em voz alta eu gritei:'Maravilhoso, maravilhoso. Não existe nenhum ciclo de vida e de morte que tenhamos que atravessar. Não existe nenhum iluminado. Os mil e setecentos koas que chegaram até nós vindos do passado não tem o menor valor".

Sustentando nos ombros a sua "gloriosa iluminação", ele partiu imediatamente para Shimano para visitar o Mestre Shoju.

Para sua felicidade, Hakuin encontrou um instrutor experiente e lhe disse o que havia acontecido. Ele também, como de costume, presenteou o instrutor com um verso. O mestre Shoju disse: "Este verso é o que você aprendeu com os estudos. Agora me mostre o que a sua intuição tem a dizer", e estendeu a mão direita. Hakuin respondeu: " Se houvesse algo intuitivo que eu pudesse demonstrar, eu o vomitaria.", e fez um barulho com a boca. O mestre perguntou: "Como você entende o Mu. Hakuin respondeu: "Que tipo de lugar possui Mu ao qual as pessoas possam prender braços e pernas?". O Mestre responde: "Aqui está um lugar para prender braços e pernas". Hakuin não sabia como responder e o Mestre caiu na gargalhada: "Seu pobre demônio morador de um buraco!" Hakuin o ignorou, mas o Mestre continuou: "Você acha que tem compreensão suficiente?" Hakuin respondeu: "O que você acha que está faltando?".

O Mestre começou a falar sobre o koan que fala da morte do do mestre Nansen. Hakuin tapou os ouvidos e se apressou para fugir da sala. Na saída, o Mestre o chamou: "Hei monge!" e, após Hakuin ter parado e se voltado, ele acrescentou: "Seu pobre demônio morador de um buraco!".

Daí em diante,toda vez que Hakuin ia visitar o Mestre Shoju, este o chamava de "demônio do buraco".

Uma noite, o Mestre estava sentado refrescando-e na varanda. Hakuin levou um outro verso que tinha escrito. "Ilusões e fantasias", disse o Mestre. Hakuin repetiu-lhe suas palavras de volta gritando, no que o Mestre o agarrou e lhe deu uma série de socos e ponta-pés, e depois o empurrou para fora da varanda.

Hakuin disse: "Isto aconteceu após um longo período de chuvas. Eu fiquei deitado na lama como se estivesse morto, mal respirando e quase inconsciente. Não conseguia me mover. Enquanto isso, o Mestre na varanda, dava gargalhadas". O Mestre gritou para ele: "Seu pobre diabo morador de um buraco!".

Hakuin pensou que seria melhor deixar o Mestre Shoju e ir para outro lugar. Um dia ele foi mendigar na cidade e encontrou um louco que tentou agredi-lo com uma vassoura. Subitamente, Hakuin descobriu que tinha compreendido o koan sobre a morte de Nansen, ele também compreendeu outros koans que lhe haviam confundido. Ele voltou para o Mestre e lhe disse o que tinha visto, e a compreensão que tinha obtido. O mestre não aceito nem rejeitou o que ele disse, apenas riu alegremente. A partir deste dia, o Mestre parou de chama-lo de "diabo morador de um buraco".

Depois disso Hakuin experienciou dois ou três kenshos posteriores, acompanhados de um grande sentimento de alegria. "As vezes, há palavras para expressar tais experiências, mas, para meu pesar, outras vezes não há. Era como se estivesse vagando pela sombra lançada por uma lamparina. Então retornei e me devotei para o meu velho instrutor Nyoka, que adoecera".

Shoju era um professor muito exigente, que frequentemente insultava e provocava Hakuin, na tentativa de apontar a sua natureza. Após diversas experiências, Hakuin deixou Shoju após oito meses do estudo para cuidar de seu antigo mestre em Shoin-ji. Embora nunca mais tenha visto Shoju, Hakuin continuou a tê-lo como seu "Mestre Raiz".

Este não foi o fim da caminhada de Hakuin, mas fornece material para avaliar tanto o vigor de sua prática quanto a profundidade de sua realização. Demonstra o valor de continuar praticando mesmo após a realização, de não se acomodar com a experiência, acreditando que o despertar é algo estático.

Depois de alguns anos, aos 31 anos Hakuin retornou a Shoin-ji, o templo onde foi ordenado, se tornando o abade do templo. O templo havia caído em extremo abandono. A água corria através do teto sempre que chovia e o mato crescia nos jardins. Embora pudesse tê-lo restaurado e expandido para uma grande estrutura, uma vez que sua fama agora atraía muitas pessoas ricas e poderosas, ele só fez os reparos necessários e nada mais. Antes, ele alegremente insistia na vida de pobreza tão bem conhecida da congregação do templo.

Aos 41 anos, ao ler o Sutra de Lótus, que havia negligenciado durante a juventude, obteve a realização completa e perfeita.

Este evento marcou a vida de Hakuin. Sua realização total havia sido finalmente conseguida, assim, dedicou o resto de sua vida a ajudar as outras pessoas a conquistarem o kensho (realização). Passou quarenta anos ensinando em Shoin-ji. No início havia somente alguns monges lá, mas logo seus ensinamentos se propagaram e os estudantes do Zen começaram a vir de todo o país para estudar com Hakuin, formou-se assim, uma enorme comunidade de monges. Hakuin morreu em Hara, aos 83 anos.
O ensino de Hakuin era focado na prática da meditação sobre um koan, no zazen e na ética ou prática da moralidade.
O estudo do koan começa com os koans rompedores. Eles são chamados rompedores porque, ao trabalharmos com eles, poderemos romper a tela das idéias e conceitos habituais rumo à claridade da Mente Una. Após a pessoa ter compreendido o koan rompedor, ela trabalha com várias coleções de koans .

Ele acreditava que a pressão psicológica que surgia devido à dúvida de um koan, proporcionava o kensho. Hakuin chamou de a grande dúvida. Pela investigação incessante de um koan o praticante torna-se uno com o koan, e alcança o kensho. De acordo com Hakuin, a realização ocorre "quando a mente discriminativa é subitamente despedaçada" e a consciência iluminada aparece.

No sistema desenvolvido por Hakuin e por seus seguidores, os estudantes recebiam um koan de seus professores e meditavam sobre ele. Uma vez que o compreendiam, eram testados pelos professores e recebiam outro koan.

Hakuin dizia: " Qualquer um que queira tornar-se membro da família Zen deve antes de mais nada atingir o Kensho". Ele citava Bodhidharma que disse: "Se alguém sem kensho fizer um esforço constante para manter seus pensamentos livres e desapegados, não apenas é um grande tolo, mas também comete uma séria transgressão contra o Dharma. Termina na indiferença passiva da vacuidade, e não é mais capaz do que um bêbado em distinguir o bem do mal. Se alguém quiser pôr em prática o Dharma da não-atividade, deve pôr fim a todos os apegos mentais penetrando o kensho. A menos que tenha o kensho, ninguém jamais poderá esperar atingir o estado de não-fazer". Mesmo o ilustre Keizan, instrutor de Soto Zen, disse: "Embora nada haja para dar ou receber, o satori deve ser tão conclusivo quanto conhecer o seu rosto apenas pelo toque no nariz".

O que destacava Hakuin dos outros instrutores era o vigor com que assinalava a importância do kensho, e a diligência com que seguia seus próprios ensinamentos. Ele simplesmente ria-se dos instrutores que desdenhavam do kensho como algo desnecessário ou mesmo impossível, e dizia: "Este tipo de instrutor faz lembrar alguém que não tem força para levar a comida até a boca, e que todavia insiste em não estar comendo porque a comida é ruim".

Infelizmente como disse Hakuin: "Não resta dúvida, a prática do Zen é um empreendimento formidável - Das pessoas Zen de hoje, que estão contentes em sentar-se sossegadamente submersas no fundo de seus 'tanques de águas tranquilas', geralmente se ouve: 'não é necessário praticar os koans. Os koas são pântanos. Eles irão sugar a sua autonatureza. Também não se envolva com as palavras escritas. elas são complicados emaranhados de cipós que agarram o seu espírito vital e lhe sufoca a vida."

Hakuin enfocava a prática do zazen na ação. Ele acreditava que o verdadeiro zazen devia ser praticado em cada instante do dia-a-dia, momento-momento, um zazen no cotidiano, ao invés de praticá-lo apenas sentado no zendo. Embora estivesse convencido que sua forma de Zen era básica, ele, contudo, insistia que meramente o sentar em meditação formal ou simplesmente o envolver-se em atividade são em si insuficientes para fazer a ruptura em direção à iluminação.

Hakuin foi um mestre muito popular, mesmo recebendo muitos convites para viver nos grandes mosteiros de Kyoto, preferiu permanecer em Shoin-ji.

A maioria das instruções dadas à população comum focava-se em viver uma vida com ética e virtude. Ele ensinava e ajudava os camponeses de Hara e das regiões em torno. Ele não lhes dava instrução estrita na meditação, preferindo enfatizar a possibilidade de engajamento em qualquer atividade - cozinha, varrer o chão, lavar, arrumar, costurar - com uma abordagem meditativa. Em acréscimo ao ensino da meditação em ação, ele escrevia e contava histórias edificantes de moralidade cotidiana, freqüentemente citando literatura e estilos seculares.

Para Hakuin o Kensho, quando autêntico, é sempre iluminação genuína. Como tal, é total, abrangendo as quatro formas de conhecimento, e súbito, no sentido que não é a última de uma série de degraus (nada mais do que a infinitude é o último passo da série, ou a onisciência é a última expansão da consciência limitada). O Kensho é iluminação e é completo quanto ao seu âmbito. Não obstante, ele só reflete um grau de força a respeito da vida no mundo da ilusão, e a não ser que seja fortalecido pela prática, não pode ser traduzido em uma experiência universalmente benéfica que ajude a todos os outros em direção à mesma meta. Este é o motivo pelo qual os próprios mestres de Hakuin haviam-no instado a se esforçar mais arduamente depois de obter a percepção interior, de modo que ela pudesse ser aprofundada, fortalecida e melhor traduzida em cada pensamento, sentimento, palavra e ação. Para Hakuin, a meditação real começa depois que é obtido algum grau de compreensão, e a meditação depende do aprofundamento das bases morais e éticas da vida na pessoa.

O Kensho não é uma experiência. Com o Kensho, a maneira como experienciamos é mudada fundamentalmente. Com o Kensho, o sono, a inteligência criativa é despertada, e ao mesmo tempo é dissolvida a crença na oposição, separação entre o mundo e eu.

Muitos sentem que a magia e o milagre são necessários à vida espiritual. No Zen, tais poderes miraculosos não são buscados, na verdade, eles são vistos com desprezo. Ho Koji, um dos mais famoso leigos Zen escreveu:

"Meu poder miraculoso e minha vida mágica, puxar água e carregar lenha".

Muitos acreditam que uma vez obtido a realização, o despertar, está tudo acabado, ponto final, dizem: "Se você é iluminado, é iluminado, se não é, não é". Mas para Hakuin, o despertar não é algo que uma vez obtido, está pronto, como algum objeto que se compra e depois o guarda. Não, para ele é um passo no caminho, e a cada instante deve-se praticar o despertar, para ele, após o despertar é fundamental que a pessoa mantenha sua prática com esforço e dedicação constante, atualizando assim, sua natureza buda.

Hakuin ensinava que a meditação pode e deveria ocorrer em todos os níveis da conscientização espiritual. Não pode ser meramente um assunto para a sala de meditação, horários determinados ou posturas especiais. Ao passo que há um lugar importante para a meditação formal na vida de um praticante, a meditação deve também penetrar todos os aspectos da vida pessoal até que se torne a própria vida. Isto só pode acontecer em uma vida propícia a ela, e assim é necessário seguir a ética ensinada pelo Buda. O Zen de Hakuin é tão exigente como qualquer outro ensino Zen, procurando nada menos do que a total ruptura dos padrões de consciência samsárica, mas a vida que ele advogava é preeminentemente integrada. Seus esinamentos, poemas e discursos, todos refletem esta tríplice preocupação, mas ele variava a ênfase de acordo com a audiência. Quando escrevia para nobres e governantes, ele enfatizava a necessidade de um estado mental meditativo a todo momento. Quando falava para camponeses e povo comum, ele sublinhava a importância de uma vida de princípios como base para o crescimento espiritual. E quando encorajava os monges, ele freqüentemente lhes recordava que uma abordagem de senso comum em relação à saúde e ao bem-estar é de auxílio para a meditação. Sua preocupação era que as pessoas não procurassem nem a iluminação nem os ganhos mundanos só para si: o entendimento verdadeiro inclui a consciência de que a iluminação é para todos e já está presente. O ideal do Bodhisattva era parte fundamental do pensamento de Hakuin que ele não sentia necessidade de mencioná-lo muito freqüentemente.

O coração de Hakuin esteve voltado para o povo comum, profundamente envolvido na luta diária pela existência e oprimido com as exigências da terra e das estações. Trabalhando com eles, ele exemplificou a vida de serviço que ele sentia ser a alma do Caminho do Buda. Em seu 'Tsuji Dangi' (Um Sermão sobre o Caminho), ele proferiu seu grande apelo:

"Assim, eu quero que vocês agora ouçam a este esplêndido e silencioso som ou ruído de uma só mão - ouçam o som da música da não-existência ecoando pelo vale do Completo Vazio. - Isto é tudo o que eu tenho a dizer a vocês por hoje. Voltem amanhã e ouçam novamente. Recuperem o seu tesouro! Recuperem o seu tesouro!"

Quando morreu, em 18 de janeiro de 1769, deixou um legado e uma linhagem que renovou o Rinzai Zen.